O dia é de sol, perfeito para colocar sua Indian Scout na estrada. Você anda vários quilômetros tranquilamente e chegando em casa, guarda sua Scout na garagem, desliga a moto, tira o capacete e um zumbido suspeitamente estranho começa a emanar de sua moto. Você acha estranho aquele som, parece um alarme ou algo similar. Você coloca o ouvido perto do motor e o barulho fica mais evidente… Começa a descer uma gotinha de suor… Milhões de combinações drásticas são prontamente geradas pelo seu cérebro que até a pouco estava relaxado por causa do passeio. Você continua a inspecionar a moto e acaba suspeitando que o barulho está dentro do velocímetro! Você agora está certo que é alguma coisa relativa a parte elétrica da moto, alguma pane, alguma coisa que o velocímetro está monitorando e que você não sabe se vai fazer muito mal para sua amada Scout. No vídeo abaixo feito por um colega de um grupo que participo, você tem uma noção de como é esse barulho estranho:
Para sua tranquilidade, esse barulho não representa nenhum tipo de problema e para falar a verdade, sempre esteve lá! Quando você está pilotando, esse ruído é constante e o barulho do motor juntamente ao abafamento da forração do capacete não permitem que você perceba. Agora que estamos tranquilizados, saiba que esse, é o barulho de uma pequena válvula que fica debaixo da tampa do tanque de gasolina e o que ela faz com essa barulheira toda é a despressurização do tanque.
Olha a responsável pelo barulhinho misterioso de sua Scout
A bomba de gasolina mantém o tanque pressurizado para que os bicos injetores consigam injetar a gasolina no motor com a pressão necessária para gerar um spray que juntamente com a ignição das velas resultará na combustão do processo de funcionamento do trem de força da moto. E quando essa pressão interna não consegue ser equalizada quando a moto é desligada, a válvula continuará seu trabalho por mais alguns minutos. E isso acontece em qualquer moto que tenha injeção eletrônica e tenha uma bomba de gasolina para fazer o serviço.
Sua moto faz barulhos misteriosos que você gostaria de saber de onde eles são? Mande pra gente que ajudaremos a solucionar o mistério!
Pilote sempre equipado e em segurança! Boas estradas!
A “vantagem mecânica” está na relação destes dois números entre o amortecedor e o eixo traseiro.
A Indian Scout chama atenção pelo estilo e geometria (herança de sua antepassada de 1928, a icônica Indian Scout 101) e tem um destaque visual singular para os amortecedores traseiros de inclinação acentuada. Isso também dá aos amortecedores traseiros uma certa exclusividade que dificulta sua substituição por algo melhor. A primeira e fácil avaliação a ser feita sobre a eficiência desse conjunto, é a relação “vantagem mecânica” entre o amortecedor e o eixo traseiro. Isso é facilmente observado da seguinte forma: A) Desenhe uma linha pelo centro do amortecedor. Meça a distância perpendicular desta linha ao pivô do braço oscilante. B) Desenhe uma linha vertical (ou em qualquer direção em que a gravidade atue no local em que você estiver), atravesse o eixo traseiro e meça a distância horizontal até o pivô do braço oscilante. C) Divida esses dois números.
Relação entre o amortecedor e o eixo traseiro, essa equação serve para qualquer moto
Para a Scout, você recebe cerca de “2”, ou “0.5”, dependendo de qual número você colocou primeiro na divisão. Isso significa que há duas vezes mais movimentos verticais no eixo do que um golpe no amortecedor, e em consequência, que há duas vezes mais força no amortecedor do que no eixo traseiro. Em outras palavras: – Se o amortecedor da Scout tem um comprimento estendido de 11,5″ (curso baixo), então um curso de roda de 3″ (um buraco de cerca de 7cm de profundidade ou um quebra-molas de 7cm de altura) colocaria o comprimento de amortecedor comprimido em 10 “. Usando um amortecedor com um curso comprimido menor do que isso poderia produzir uma batida seca de fim de curso direcionando toda a força do impacto para sua coluna (bem no Coxics… Que dor!), ou um acidente desagradável.
No quadro da esquerda: Suspensão progressiva comparada com a original da Scout (Diâmetro de 0,305 contra 0,375 nos fios). No quadro da direita: Como as molas da suspensão progressiva ficam cada vez mais juntas até sua base
Esta relação pode não significar muito até que você repita este exercício para qualquer outro modelo de moto bi-choque. A maioria das motos com amortecedores bi-choques tem uma relação de cerca de 1,5 (0,67), mais ou menos (usando nossa fórmula de cálculo acima). A moderna Triumph Bonneville tem uma relação de 1,25 (0,8). Assim, os amortecedores comuns disponíveis no mercado de acessórios, projetados para uma moto com peso semelhante na roda traseira, precisariam de cerca de 35% mais rigidez e cerca de 35% mais força de amortecimento para conseguirem atuar na Indian Scout por exemplo (O amortecimento é a parte mais difícil e é a que mais reclamamos porque o impacto vai todo para nosso corpo quando o amortecimento não é eficiente.).
Vamos comparar uma suspensão de marca Progressive (412) “heavy duty”. Com uma classificação de 115 libras/polegada, ela tem um diâmetro de fio de 0,305 ” aproximadamente. A mola da suspensão da Scout tem um diâmetro de fio de cerca de 0,375″. Acrescente o número de bobinas e o diâmetro da bobina e você obtém cerca de 220 libras/polegada para a mola da Scout. Note que, todas as outras coisas sendo iguais, a rigidez da mola: – Aumenta com o diâmetro do fio, – Reduz com o aumento do número de bobinas (curvas ativas), – Reduz com o aumento do diâmetro da bobina – Não muda muito com o espaçamento da bobina (ângulo de hélice), desde que não haja contato.
Progressive 412 Heavy Duty
Essa suspensão da Progressive tem uma classificação de rigidez de 115/155 libras/polegada. Sem carga, existem cerca de 10,5 bobinas ativas. Com carga suficiente, as bobinas próximas umas das outras, há cerca de 7,5 bobinas ativas. Menos bobinas contribuem para a classificação mais rígida. Comparando as molas da Scout com a Heavy Duty da Progressive, temos: – 220/155 = 1,42. Significando que as molas da Scout são cerca de 42% mais rígidas do que a mola da Progressive sob carga.
Vale lembrar que a Polaris modificou a suspensão padrão (stock) das Scouts a partir do modelo 2017 colocando molas progressivas como as do modelo Scout Bobber, deixando o amortecimento extremamente mais eficiente nos modelos mais atualizados.
Indian Scout 2017 com molas progressivas em sua suspensão padrão
Para finalizar, se você tem uma Scout 2015 ou 2016, é daqueles que adora customizar e não se importa em ter novas experiências, uma forma de melhorar o um pouco o amortecimento da Indian Scout sem precisar trocar a suspensão, é verticalizando um pouco mais o curso dela com um adaptador, conforme esse da foto, mas isso é assunto para outro dia…
Suporte pera personalizar angulação da suspensão da Indian Scout
A Polaris saiu na frente da guerra das elétricas comercializando a Victory Empulse em 2016, mas acabou sufocando sua escuderia para não entrar em conflito comercial com a Indian Motorcycle, que também faz parte de sua gama de produtos.
Antes de qualquer coisa, como sou grato de viver nesse momento. Pude acompanhar a revolução provocada com a disponibilidade da Internet, e agora estou vivendo outro momento de transição tecnológica: – As motos elétricas indo para as ruas. Sou da época em que não fazia muito sentido se preocupar com o valor do abastecimento, apenas nos preocupávamos em abastecer. Combustível para as queridas motos nunca era tratado como despesa, sempre era considerado como um investimento. Sim, investimento, pois com a moto abastecida, era pegar estrada, alimentar a alma, sanear o espírito e renovar a cabeça, conhecendo vários novos lugares ou revisitando locais já conquistados e que valiam uma nova visita. Porém as coisas foram ficando difíceis em âmbito global. Crises econômicas, políticas e todos os blá, blá, blás que tivemos que sobreviver até o momento atual. E nisso tudo, a gasolina que antes representava um investimento, infelizmente passou a pesar no orçamento. Vários colegas com o passar dos anos foram remanejando suas motos, a fim de ajustar uma melhor equação para a carteira. Muitos trocaram suas potentes máquinas por motos mais modestas, mais leves e com cilindrada menor. Outros deixaram as beberronas em casa e apelaram para os versáteis e econômicas Scooters em seu dia a dia, usando suas motos maiores apenas para passeios esporádicos. Vi passarem motos flex, motos até a Diesel e em 2016 uma moto de série elétrica, a Empulse da Victory. A moto parecia perfeita, apesar de estar disponível apenas no mercado americano. Sua tecnologia foi comprada pela Polaris (Proprietária da Victory) de uma empresa pioneira chamada Brammo e depois restruturada para um modelo comercial da sua marca Victory. Enquanto isso a Harley Davidson não dormia no ponto, pois já havia montado várias unidades de um protótipo elétrico que de tão acertado já poderia ter ido para as concessionárias naquele momento em meados de 2014. Esse protótipo que chamaram de projeto Livewire, rodou os Estados Unidos em quase toda sua totalidade permitindo que a imprensa e clientes fizessem “test rides” e dessem sua opinião sobre o que deveriam ficar ou ser alterado. Com esses dados coletados depois de meses, a harley voltou para seus projetistas e desde então trabalhou no projeto. E para a alegria de quem simpatiza com o movimento das elétricas, a Harley Davidson entregou nesse mês de Janeiro de 2019 sua Livewire finalizada e pronta para receber os primeiros pedidos de compra. Com a velha mítica de som de motor patenteado e desenvolvido como assinatura, entrega de torque instantâneo, freios brembo de 4 pinças (sem dever nada a nenhuma Ducati por exemplo), câmbio de seis velocidades para não tirar a experiência da tocada dos mais tradicionalistas, mono amortecida na traseira (inédita em uma Harley Davidson), outros recursos tipo navegação Google “turn by turn” (que a Triumph já apresentou na sua nova Scrambler 1200 e que tomara vire um padrão nas motos em geral) e um sistema em núvem (de graça por um ano apenas e depois irá devorar o bolso do proprietário) que mostra todas estatísticas de uso da moto e seu estado atual tal como nível de carga, alarme e rastreamento em caso de furto entre diversos outros confortos tecnológicos. É uma moto na faixa de valor das mais caras “fósseis” da marca (U$ 30,000), mas que tem tudo para cair no gosto de um novo tipo de público que a Harley Davidson vem buscando. E analisando esse público, vejo que se outros modelos elétricos voltados para clientes tradicionais (e não tão jovens assim, como quem vos fala) com uma pegada menos esporte e mais “cruiser”, ainda teremos espaço para os modelos beberões de gasolina. Afinal com o passar dos anos, quem já andou em motos com ergonomia mais esportiva, naturalmente acaba buscando uma postura mais confortável migrando para as “cruisers” ou para as “big trails” em uma grande maioria. Resta torcermos para que a Livewire seja um estímulo para as outras fabricantes e que desembarque aqui no Brasil o quanto antes.
Enfim, a Harley Davidson Livewire pronta para ir para sua garagem
Concessionária Indian na Argentina está atendendo de segunda a sexta de 10 a 19h, e sábados de 10 a 18h, conforme contato pela página do Facebook deles
Em junho de 2018, a Indian Motorcycle encerrou suas atividades no Brasil, tres anos após ter chegado com suas incríveis motos. Numa fatia do mercado que precisava (e ainda precisa) de variedade, a Indian chegou cheia de ótimas impressões e com motos com acabamento e performance excepcionais. Porém como tudo que se instala nesse país, lutou para não acabar sufocada pelas políticas de impostos, mas num desenho estratégico do momento global, a Polaris detentora da marca, optou por dar apenas continuidade na manutenção nas pouco mais de mil motos vendidas e instaladas no país nesses três anos. É claro que todo mundo que apostou na marca, principalmente adquirindo as fantásticas motos, sofreu um “baque”, ainda mal superado pela maioria. E devido a esse susto, nem percebemos que logo depois, em agosto ainda de 2018, aqui ao lado, na casa de nossos “hermanos” argentinos, uma concessionária Indian foi inaugurada. Quando recebi o amigo Fernando do post anterior (https://arduo.com.br/2018/12/29/o-melhor-de-tudo-e-ganhar-um-novo-amigo-no-final/), ele me passou essa informação e acredito que seja desconhecida pela grande maioria dos proprietários de Indians aqui do Brasil (que elegeram a concessionária Indian de Portugal como próximo porto para aquisição de acessórios e roupas). Além de geograficamente perto (dá pra ir de Indian na Argentina! hehehe), isso tudo pode representar uma luz (mesmo que fraca) no fim do túnel para os proprietários de Indians no Brasil. Porque estando novamente baseada aqui perto, caso a economia prospere com os ventos atuais, existe uma grande possibilidade da Indian voltar para seus órfãos amantes brasileiros. Talvez voltar de uma forma mais consciente, usando a base das 18 concessionários Polaris já existentes ao invés de abrirem novas lojas. Enfim, o que fica é aquele gostinho de esperança dentro do capacete e a alegria de poder dar um pulinho alí na Argentina e voltar com uma jaqueta nova, ou conhecer talvez a maravilhosa FTR 1200 caso ela venha a ser comercializada por lá. Em breve farei um post com os preços das Indians na terra dos “hermanos” e se existe alguma possibilidade de importar para nosso páis.
Manter a moto com a calibragem correta é recomendado para a qualidade da ciclistica, para sua segurança e também para seu bolso, pois influencia diretamente no consumo de combustível. Para sempre manter a calibragem correta recomendada pelo fabricante, segue uma tabela para conferir quantas libras você deve colocar em sua Harley Davidson, porém você pode encontrar valores variados na Internet em função da quantidade de carga, acessórios e uso (estrada ou cidade):
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De cliente a amigo, Fernando viajou seis horas para colocar os protetores em sua Indian!
Quando você trabalha com uma coisa que ama, existe um ditado que diz que você não perceberá mais que está trabalhando. Além disso, você poderá dar a sorte de conhecer pessoas incríveis que também gostam das mesmas coisas que você. Hoje foi assim na ARDUO MOTORCYCLE! O cliente Fernando veio de São Paulo até Minas para se tornar um grande amigo e instalar dois protetores em sua lindíssima Indian Scout Bobber. Gratidão meu amigo!
Linda Bobber do Fernando com os protetores ARDUO MOTORCYCLE
As motos geralmente não possuem marcadores de combustível por não representarem com exatidão o nível de gasolina no tanque. Existem diversas tecnologias e todas que possuem sensores com bóias são muito imprecisas. Os mais avançados e confiáveis na minha opinião são os que fazem suas medições através de sensores de pressão hidrostática. Como muitas motos desse segmento possuem apenas a famigerada “luz de reserva” que tradicionalmente costuma não acender na Indian Scout, seria ótimo adicionar um marcador de combustível para evitar as terríveis “panes secas”. Em minhas pesquisas, encontrei um excelente kit de fácil instalação que cai como uma luva para a Indian Scout. O único problema é que trata-se de um produto importado e seu custo final pode deixar sua aplicação a beira do inviável, mas caso você tenha sorte e não caia na malha de fiscalização e consiga sobreviver às extorções dos correios brasileiro, é uma ótima adição a sua Scout! Segue a página do produto:
Sabemos que uma boa gama das peças usadas nas motos são compartilhadas entre vários modelos e marcas, porém, essa informação não é fornecida pelas concessionárias para garantir que a manutenção seja sempre realizada em seus estabelecimentos padronizando a qualidade do serviço de manutenção e originalidade da moto. Porém cabe ao proprietário a decisão de seguir o melhor caminho para que sua moto sempre esteja com a manutenção em dia e conhecendo as equivalências de peças entre os modelos e marcas, o orçamento no final certamente será bem mais agradável para o bolso. Através de alguns dados colhidos aqui e diversos outros em sua experiência como mecânico, o parceiro André Gabriel Casagrande (andregcasagrande@gmail.com) compilou uma riquíssima tabela contendo várias equivalências de peças de outras marcas/modelos com a Indian Scout. Você confere essa tabela abaixo. Fique atento pois essa tabela será constantemente atualizada nesse mesmo tópico:
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Manter a moto com a calibragem correta é recomendado para a qualidade da ciclistica, para sua segurança e também para seu bolso, pois influencia diretamente no consumo de combustível. Para sempre manter a calibragem correta recomendada pelo fabricante, segue uma tabela valiosa para conferir quantas libras você deve colocar em sua Indian:
Attention: The internal data of table “2” is corrupted!
Que evitar essa tragédia? Além do custo, ainda demora uma eternidade para encomendar um novo Retificador compatível com sua Scout. Nós da ARDUO MOTORCYCLE desenvolvemos projetos exclusivos para Indian Scout. Confira o nosso Protetor de Retificador de voltagem e Câmara de gases, que certamente evitaria o ocorrido nesse exemplo da foto.