Choque de cultura

A Polaris saiu na frente da guerra das elétricas comercializando a Victory Empulse em 2016, mas acabou sufocando sua escuderia para não entrar em conflito comercial com a Indian Motorcycle, que também faz parte de sua gama de produtos.

Antes de qualquer coisa, como sou grato de viver nesse momento. Pude acompanhar a revolução provocada com a disponibilidade da Internet, e agora estou vivendo outro momento de transição tecnológica: – As motos elétricas indo para as ruas.
Sou da época em que não fazia muito sentido se preocupar com o valor do abastecimento, apenas nos preocupávamos em abastecer. Combustível para as queridas motos nunca era tratado como despesa, sempre era considerado como um investimento. Sim, investimento, pois com a moto abastecida, era pegar estrada, alimentar a alma, sanear o espírito e renovar a cabeça, conhecendo vários novos lugares ou revisitando locais já conquistados e que valiam uma nova visita. Porém as coisas foram ficando difíceis em âmbito global. Crises econômicas, políticas e todos os blá, blá, blás que tivemos que sobreviver até o momento atual. E nisso tudo, a gasolina que antes representava um investimento, infelizmente passou a pesar no orçamento. Vários colegas com o passar dos anos foram remanejando suas motos, a fim de ajustar uma melhor equação para a carteira. Muitos trocaram suas potentes máquinas por motos mais modestas, mais leves e com cilindrada menor. Outros deixaram as beberronas em casa e apelaram para os versáteis e econômicas Scooters em seu dia a dia, usando suas motos maiores apenas para passeios esporádicos. Vi passarem motos flex, motos até a Diesel e em 2016 uma moto de série elétrica, a Empulse da Victory. A moto parecia perfeita, apesar de estar disponível apenas no mercado americano. Sua tecnologia foi comprada pela Polaris (Proprietária da Victory) de uma empresa pioneira chamada Brammo e depois restruturada para um modelo comercial da sua marca Victory. Enquanto isso a Harley Davidson não dormia no ponto, pois já havia montado várias unidades de um protótipo elétrico que de tão acertado já poderia ter ido para as concessionárias naquele momento em meados de 2014. Esse protótipo que chamaram de projeto Livewire, rodou os Estados Unidos em quase toda sua totalidade permitindo que a imprensa e clientes fizessem “test rides” e dessem sua opinião sobre o que deveriam ficar ou ser alterado. Com esses dados coletados depois de meses, a harley voltou para seus projetistas e desde então trabalhou no projeto. E para a alegria de quem simpatiza com o movimento das elétricas, a Harley Davidson entregou nesse mês de Janeiro de 2019 sua Livewire finalizada e pronta para receber os primeiros pedidos de compra. Com a velha mítica de som de motor patenteado e desenvolvido como assinatura, entrega de torque instantâneo, freios brembo de 4 pinças (sem dever nada a nenhuma Ducati por exemplo), câmbio de seis velocidades para não tirar a experiência da tocada dos mais tradicionalistas, mono amortecida na traseira (inédita em uma Harley Davidson), outros recursos tipo navegação Google “turn by turn” (que a Triumph já apresentou na sua nova Scrambler 1200 e que tomara vire um padrão nas motos em geral) e um sistema em núvem (de graça por um ano apenas e depois irá devorar o bolso do proprietário) que mostra todas estatísticas de uso da moto e seu estado atual tal como nível de carga, alarme e rastreamento em caso de furto entre diversos outros confortos tecnológicos. É uma moto na faixa de valor das mais caras “fósseis” da marca (U$ 30,000), mas que tem tudo para cair no gosto de um novo tipo de público que a Harley Davidson vem buscando. E analisando esse público, vejo que se outros modelos elétricos voltados para clientes tradicionais (e não tão jovens assim, como quem vos fala) com uma pegada menos esporte e mais “cruiser”, ainda teremos espaço para os modelos beberões de gasolina. Afinal com o passar dos anos, quem já andou em motos com ergonomia mais esportiva, naturalmente acaba buscando uma postura mais confortável migrando para as “cruisers” ou para as “big trails” em uma grande maioria. Resta torcermos para que a Livewire seja um estímulo para as outras fabricantes e que desembarque aqui no Brasil o quanto antes.

Enfim, a Harley Davidson Livewire pronta para ir para sua garagem

Tabela com a calibragem dos pneus de modelos de motocicletas Harley Davidson

Manter a moto com a calibragem correta é recomendado para a qualidade da ciclistica, para sua segurança e também para seu bolso, pois influencia diretamente no consumo de combustível. Para sempre manter a calibragem correta recomendada pelo fabricante, segue uma tabela para conferir quantas libras você deve colocar em sua Harley Davidson, porém você pode encontrar valores variados na Internet em função da quantidade de carga, acessórios e uso (estrada ou cidade):

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Importância da escolha correta da bateria da sua moto

NÃO COMPRE ESSA BATERIA O PÓS-VENDA É PÉSSIMO, NÃO QUISERAM HONRAR COM A GARANTIA!!

Você já parou pra pensar nos problemas que uma bateria mal escolhida na hora da compra pode gerar na sua moto? O fato da bateria caber no cofre do quadro e conseguir dar a partida no motor, não significa que ela esteja totalmente funcional para o sistema elétrico da sua moto. Se a bateria não atender a todos parâmetros definidos pelo fabricante, com certeza você terá dores de cabeça a médio e a longo prazos. Vejo com muita frequencia profissionais e até mesmo proprietários seguirem indicações errôneas de outras pessoas sobre a bateria que “sirva” no modelo específico de uma moto. Várias vezes porque alguém colocou uma bateria errada numa moto e ela deu partida. O fabricante informa vários parâmetros que devem ser seguidos invariávelmente como dimensão da bateria, orientação dos conectores, lado dos polos, capacidade elétrica da bateria e o “CCA” que é um dos ítens mais negligenciados por quem compra errado. O “CCA” (Cold Cramps Amps) que trocando em míudos é a capacidade da bateria manter uma carga com qualidade por um determinado tempo suficiente para que o motor de arranque consiga dar a partida no motor, é um parâmetro que vem descrito no manual do proprietário e deve ser seguido a risca por quem está adquirindo uma nova bateria para sua moto. Todo mundo que tenha dado partida numa moto no inverno, sabe da dificuldade que essa condição climática impõe para que o motor entre em funcionamento. É perceptível que o motor de arranque se esforça por um tempo bem maior para conseguir dar a partida do que no verão por exemplo. E se você trocar a bateria de sua moto por uma nova no verão, com o “CCA” inadequado, dificilmente perceberá algo de errado,  pois o arranque conseguirá que o processo de partida seja feito com muita tranquilidade, pois o clima está quente e favorece o processo de ignição. Porém no inverno com o “CCA” errado será desencadeado um processo degenerativo que se converterá em prejuízo para o proprietário da moto. O motor de arranque sem receber a carga que precisa pra conseguir realizar a partida, forçará sua integridade funcionando com carga abaixo do necessário pra realizar sua tarefa, com isso irá descarregar a bateria quase que completamente numa simples tentativa de partida. Se a moto “pegar” o retificador de voltagem estará mais atarefado do que o normal porque a bateria quase não terá carga e ele terá que se virar para suprir essa demanda. E nesse cenário se você começar a exigir dos componentes da sua moto como a bomba de gasolina ao acelerar em alta velocidade na estrada por exemplo, o retificador de voltagem pode não conseguir dar conta do recado e se deteriorar por sobre carga, o que será resolvido apenas com um novo retificador ou um singelo guincho para lhe tirar da estrada. Uma dica que dou são as baterias de Lítio que são até 85% mais leves que uma beteria convencional (de chumbo e ácido), são extremamente menores fisicamente e duram até cinco anos sem nenhum tipo de manutenção.
São bem mais caras é verdade, mas a qualidade e a durabilidade fazem valer cada centavo.